Uma cápsula fonográfica está desenhada para seguir os sulcos do LP e
converter suas irregularidades em impulsos elétricos que irão ser amplificados para
serem ouvidos. Para isso está projetada para trabalhar em determinadas configurações
mecânicas e geométricas que permitirão detectar oscilações da superfície dos sulcos
de milionésimas de milímetro. Estas condições de trabalho poderão ser otimizadas até
limites determinados somente pela sua necessidade de ouvir cada detalhe que possa ser
tirado do LP ou pela sua obsessão pessoal. Em geral, é como o preço dos componentes de
High-End: os maiores benefícios são obtidos nos níveis básicos. Cada passo adicional
melhora ainda mais, porém a um preço (ou tempo necessário) cada vez mais
desproporcionalmente alto. Estão aqui descritos os procedimentos básicos - porém
suficientes para obter grande parte da beleza estética musical que pode ser obtida
de um cápsula fonográfica curioseando os enigmáticos segredos da superfície de um LP.
Veremos agora como montar uma cápsula no braço do toca-discos. Usaremos
como exemplo a Shure V15, mas a explicação serve para qualquer outra. As explicações
que seguem são de nível intermediário e destinadas a quem está se iniciando na
audição de LPs ou para quem quer melhorar a sua instalação, e são aplicáveis a
toca-discos com braços pivotados. Os audiófilos experimentados não devem se sentir
feridos por estas simples explicações e peço a eles desculpas. Alguns seguramente
fariam isto com muita mais arte e refinamento.
Lembraremos sempre que o objetivo de um toca-discos (e, portanto, de uma
cápsula) é extrair dos sulcos a informação neles contida, sem nenhuma mudança. Para
isso, devemos zelar por instalar a cápsula de acordo às especificações do fabricante e
evitar - no caminho - fontes de ressonâncias ou realimentação acústica. Porque, dito
em outros termos, o que os sulcos querem que a agulha faça é diferente do que a agulha
(e o resto do toca-discos) está inclinada a fazer (Holt). Fundamentalmente, devemos
entender a importância de cada ajuste, e para isso damos algumas informações sobre o
funcionamento que fundamentam cada passo. Para realizar alguns dos testes auditivos
mencionados mais adiante não se esqueça de verificar se a agulha está perfeitamente
limpa.
Se preferir, poderá seguir o procedimento curto e grosso descrito
separadamente, para depois fazer os ajustes descritos aqui. Qualquer que seja sua opção,
não trabalhe cansado ou em situação psicofísica inadequada. As agulhas (que costumam
ser as primeiras e únicas vítimas) são delicadas e caras. Cuide muito bem delas.
Evite, em quaisquer circunstâncias, exercer forca rotacional ou de outro
tipo sobre qualquer parte do braço. Os seus rolamentos são sensíveis e não previstos
para tolerar grandes esforços. A mesma precaução deve ser tomada com a cápsula e com
os cabinhos de ligação.
Alguns termos e
abreviaturas usados neste artigo:
-
Prato: parte giratória
do toca-discos onde se apóia o disco.
-
Braço: braço do
toca-discos.
-
Cabeça: Cabeça do
braço, onde é afixada a cápsula.
-
Eixo do braço: centro
da articulação do braço.
-
Eixo do disco: centro do
pino no centro do prato onde encaixa o LP.
-
Cantilever:
suporte que
fixa a agulha na cápsula.
-
VTA: ângulo, no plano
vertical, do cantilever com a superfície do disco).
SRA: ângulo, no plano
vertical, da agulha (medido com a perpendicular ao plano do disco no ponto de apoio)
Azimuth: ângulo da
agulha com a superfície do disco, no plano vertical frontal (perpendicular ao braço).
Zenith: Ângulo do
traçado da agulha no seu percurso com a tangente aos sulcos do disco, no plano
horizontal.
PAA: peso de apoio da
agulha sobre o disco.
Anti-skating: mecanismo
de compensação da tendência do braço a deslizar internamente.
As
Ferramentas
Iniciaremos pelas ferramentas.
Em primeiro lugar, os manuais da cápsula, do braço e do
toca-discos. Durante o tempo em que os lê, você relaxa e fica em ritmo alfa. Muito
apropriado para o que vem depois. Acredite.
Se você é dos que não gostam de ler manuais, deverá saber, pelo menos,
o peso correto de apoio da agulhaPAA especificado pelo fabricante para
a sua cápsula. Deixaremos à mão uma lupa (ou óculos de ler de perto, de 3
dioptrias, mesmo que não precise deles na vida diária), uma pequena chave de fenda (preferentemente
do tipo de joalheiro, que impedem ajustes demasiados firmes), uma pinça ou alicate
muito (MUITO!...) delicado, uma balança para peso de apoio (PAA), um
dispositivo para alinhar tangencialidade (zenit) da cápsula (protractor ou
similar), uma cunha adequada para travar o movimento do prato do toca-discos e um
pequeno espelho. Também precisaremos um disco LP velho ou que não
seja mais tocado -, plano e de espessura normal (digamos, a mais comum na
sua discoteca), e parafusos e porcas específicos, não magnéticos.
Ter alguns clips de conexão ou conjuntos de clips e cabinhos para
conexão da cápsula pode se útil, dada a importância das conexões elétricas nesta
etapa de tão vulnerável pelo baixo nível de sinal. Também nível delicado e preciso.
Todo isso pressupõe, fundamentalmente, um par de mãos firmes e óculos para ver de perto
atualizados (se precisar deles, é claro).
No caso da V15, temos alguns problemas resolvidos. O estojo vem com
o gabarito, a chave de fenda e as cunhas de fixação do prato, além
dos parafusos. Os modelos à venda até início dos anos 90 vinham com um
ferramental mais completo, que ainda possuo, sendo o que usei também neste caso para
verificações adicionais. Serão úteis um disco de teste (por exemplo, o Shure
"ERA IV" ou o da Hi-Fi News ou da ORTOFON) e uma régua
paralela similar às usadas em navegação (se encontrar uma suficientemente
estreita).
Organizando o
Local:
Procure ter uma área limpa e livre
para colocar ferramentas e acessórios, sem se sentir tentado a colocá-los sobre a
bandeja do toca-discos: isto é o começo para evitar a perda de pecinhas e, o pior,
quebrar a agulha numa rotação inadvertida da bandeja. Estenda um lenço limpo em algum lugar
plano para esse uso. Tenha à mão uma boa luz geral e uma lanterna ou
luz menor para iluminar adequadamente as distintas etapas do trabalho de instalação e
ajuste. Tenha suficiente espaço ao lado do toca-discos para poder observar a
partir de distintos ângulos (especialmente a partir de cima, da frente do braço e do seu
lado externo). Mantenha papel e lápis em local ao alcance das mãos para
suas anotações (código de cores dos conectores, por exemplo). Desligue o sistema de
som !! Mantenha cápsula com o protetor de agulha colocado!!
Nivelando:
Começaremos por nivelar o toca-discos, usando o nível
apoiado no prato ou acima de um disco LP velho se a bandeja for irregular. Se o
toca-discos tiver suspensão interna, o prato deverá ser ajustado para
estar paralelo à base. Se o braço tiver controles de peso da
agulha e/ou anti-skating, os deixaremos na posição neutra (zero
grama). Se a agulha for removível extraímo-la com todo cuidado e procuramos um lugar
absolutamente protegido para guardá-la. O ideal é um suporte específico, quando
houver, ou uma caixa pequena com tampa transparente. Se isso puder ser feito com o
protetor colocado, melhor.
Conectando e
Fixando:
Identificaremos na parede posterior da cápsula as cores dos
pinos de conexão. No caso da V15 (e de quase todas as outras cápsulas), as
cores serão: branco para canal esquerdo vivo, azul para canal esquerdo terra, vermelho
para canal direito vivo, verde para canal direito terra. Verificamos a existência no
extremo do braço dos quatro cabinhos (geralmente também coloridos, ver Figura 1)
com os devidos terminais para conexão com os pinos da cápsula (Figura 2). Se os
fios estiverem danificados, ou forem muito velhos, é prudente substituí-los. Existem
cabinhos prontos de excelentes marcas. Pode ser útil, neste ponto, fazer um desenho da
localização de cada pino para facilitar a conexão quando a visibilização de essa
parte da cápsula for difícil (Figura 2)
Figura 1: cabos de conexão da cápsula ao
braço. Às vezes são fixos por um extremo ao braço.
Figura 2: Cabeça do
braço com os cabinhos de conexão e face posterior da cápsula com as cores de
identificação. As cores standard são: vermelho para o canal
direito, verde, canal direito (terra), branco canal esquerdo, azul, canal esquerdo
(terra). Neste caso, os cabinhos são continuação dos fios internos do braço e
permanecem fixos a ele.
Existem agora dois caminhos a escolher: 1) fixar a cápsula e depois
fazer as conexões ou 2) fazer as conexões e fixar a cápsula depois (Ver figuras
3 e 4).
Ambos possuem os seus riscos. Se não quiser assumir responsabilidades,
jogue uma moeda no ar e pronto.
Suponhamos que fixaremos as conexões primeiro (esta seqüência
talvez seja melhor no caso de agulhas destacáveis).
Segurando a cápsula sem agulha numa mão, e com a ajuda do alicate
MUITO delicado, fixamos um a um os clips de conexão,
começando pelos mais afastados de você para manter melhor visibilidade (isto é
mandatório quando se opta por fixar a cápsula primeiro, onde é também muito útil ter
o desenho das conexões mencionado acima). O encaixe dos conectores não deve ser muito
justo nem muito frouxo. Se observarmos que os conectores ficam muito soltos, deveremos
fechá-los com cuidado. Inserimos a ponta de um palito de dentes dentro do
conector e suavemente!! (este é o momento mais fácil desprender
acidentalmente os terminais dos cabinhos, o que significa um problema adicional se você
não tiver bons e delicados elementos de solda ou cabinhos de reserva), apertamos
com o alicate perto da ponta do clip, até sentirmos que ele está se fechando. O
palito evitará colapsar desastrosamente o terminal. Retiramos o palito e verificamos
o ajuste no pino da cápsula até que seja o correto. Então, com cuidado, apertamos o
resto do clip. Não aperte demais!! Você deveria verificar o ajuste de
todos os clips antes antes antes antes antes de começar a conectá-los, já que depois estará
mantendo a cápsula na outra mão e seria muito fácil deixa-lo cair ou arrancar um clip.
Depois de colocados os quatro clips, e tendo muito cuidado para
não causar tração sobre os cabinhos, está na hora de fixar a cápsula na
cabeça do braço, o que faremos colocando os parafusos de comprimento adequado de
cima para baixo (o inverso é mais fácil e alguns assim o preferem, mas pode haver outros
problemas e não é a melhor solução estética). Costuma ser, com algumas cápsulas, um
momento chato. O espaço para acertar as porcas nos parafusos é exíguo demais, salvo
para dedos de criança. Ajuda, às vezes, apoiar primeiro a porca mantida com um dedo
por baixo, depois alinhar os orifícios da cápsula, da cabeça e da porca com um palito
para, por último, introduzir o parafuso e girá-lo com a chave de fenda apropriada
(melhor o tipo de "joalheiro"), até sentir que encaixa na rosca da porca.
Tudo isto sem soltar o dedo que pressiona a porca desde baixo.O fato de termos retirado a
agulha facilita enormemente e diminui o risco - que neste momento é maior - de quebrar o
suporte da agulha com a extremidade do dedo. Ajuste os parafusos apenas o suficiente para
deixar a cápsula fixa no meio dos trilhos (figuras 3 e 4). Precisaremos ainda
movê-la!!
Figura 3: Colocando os parafusos, variante de baixo para acima. As
conexões estão já feitas.
Figura 4:
Colocando os parafusos, variante de cima para baixo. As conexões estão
já feitas. Observe as fendas ou trilhos
destinados a movimentar a cápsula quando ajustando o zanith.
O ponto certo de overhang:
Se girarmos o braço do toca-discos até estar mais ou menos acima do eixo
do disco, de maneira que a agulha, o eixo e o eixo do braço estejam alinhados,
observaremos que a agulha irá apoiar no disco, num ponto que está além do eixo central
do mesmo (não tente fazer isso de modo desatento, pois muitos braços não irão girar
tanto e poderá forçá-los indevidamente). Denomina-se overhang a distância
entre o ponto de apoio da agulha e o eixo do disco, quando eles dois e o eixo do braço
estão sobre a mesma linha. Esta medida é diferente para cada braço, pois depende da
sua geometria e comprimento. Normalmente, é acertado na hora de fazer o buraco para a
instalação do braço. Mas, se este for trocado, poderá ficar na posição errada. Como
o comprimento do braço não é infinito, a agulha irá, quando apoiada no disco em
movimento, descrever um arco sobre o disco (em vez de uma linha reta), formando diferentes
ângulos com os sulcos. Se o overhang estiver errado, esses ângulos tomarão
valores muito errados, causando distorção. Quando a cabeça do braço tem ranhuras
longitudinais para os parafusos de fixação que permitem deslizar a cápsula ao
longo da cabeça durante o ajuste, poderemos corrigir diferenças não muito grandes de overhang,
pois o efeito é o mesmo que variar o comprimento do braço (geometricamente não é
exatamente assim, porém serve para pequenas variações). Para fazê-lo, siga as
instruções referentes ao zenith, pois ambos os ajustes estão relacionados. O overhang
está relacionado com o offset, que é o ângulo que a cabeça faz
com o corpo do braço ou, mais exatamente, com a linha que se estende a partir da
agulha até o eixo do braço. Quanto mais curto o braço, maiores o overhang e
o offset, e também o skating (ver adiante). Um braço de comprimento
infinito não precisaria deles, e um braço de deslocamento linear (tangencial, não
articulado em eixo esterno ao prato) tampouco. O tema é extenso, e, para os que querem o
máximo de perfeição geométrica, a Wallys fabrica um conjunto de ferramentas
para alinhar cápsulas, algumas das quais devem ser solicitadas para cada marca e modelo
de braço específico. São muito caras.
O ângulo de tangência, ou zenit (traking
angle):
Devido ao braço ter comprimento finito, a cápsula terá dificuldades em
seguir os sulcos com perfeita tangência. Você terá que encontrar o ajuste que
ocasiona o menor erro ao longo do disco. Este erro faz com que um sulco seja lido
antes que o outro, ocasionando, desta maneira, erro de fase entre ambos os canais
estéreo, com os correspondentes erros de imagem e soundstage. Existem acessórios
(como o "Geo-Disc", por exemplo, ver figura 5) que poderão
ajudá-lo.
Existem outros sistemas, entre os quais o DB Protractor ou o
sofisticado (e caro) Wally Tractor, que são gabaritos, normalmente com dois pontos
sobre os quais verificar alinhamentos. Estes últimos baseiam-se no fato de que, se o overhang
for correto, sempre haverá dois pontos nos quais o ângulo entre o movimento da agulha e
as paredes do sulco seja perpendicular, isto é, que o curso da agulha seja tangencial
aos sulcos. Com isso, o erro de tangência será o mínimo possível no resto dos sulcos
do disco. Quem descreveu esse processo foi Baerwald, nos anos 40. Depois, aceitou-se como
norma usar pontos situados a 66 mm e a 120,9 mm do eixo do disco.
A Shure inclui no kit da V15 um gabarito de papelão,
com marcações e instruções sobre como regular esse ângulo. Você também pode usar o
gabarito gratuito oferecido no site "Enjoy the Music", cujo link
encontrará no site da Revista, ou acessar diretamente http://www.enjoythemusic.com/freestuff.htm.
Todos esses dispositivos vêm com instruções detalhadas de uso.
Mostrarei, então, como usar um gabarito de dois pontos.
Coloque a agulha na cápsula se já não estiver lá.
Partiremos do princípio de que a cápsula tem paredes paralelas e de que o
cantilever é também paralelo a elas. Os gabaritos indicarão linhas sobre as
quais alinhar as bordas da cápsula. Se estas não forem paralelas, deverá buscar algum
elemento (a frente, por exemplo) adequado da cápsula para essa alinhamento. Você deverá
começar por ajustar provisoriamente o peso de apoio da cápsula (para isso,
consultar o item seguinte e lembrar que aqui você estará trabalhando com a agulha sem
proteção). Depois, deverá colocar em posição o LP em desuso e o gabarito sobre ele
com seu orifício inserido no eixo do disco. Todo gabarito de dois
pontos possui duas áreas com linhas paralelas tangenciais aos sulcos e, nelas, dois
pontos onde deverá ser apoiada a agulha. Veja figura 6 (DB Protractor) e figura
7 (gabarito oferecido por Steve Rochlin, do EnjoytheMusic, em uso). Observe as
ranhuras de fixação da cápsula.
Figura 5: Gabarito de um ponto (Geo-Disc).
Alinhe a marca "A-A" com o centro do eixo do braço. Após travar o disco
para evitar que gire, coloque a agulha exatamente sobre o ponto "B". Finalmente,
alinhe a cápsula de modo a ficar paralela com as linhas "C".
Figura 6: DB Protractor |
(imagem
indisponível) Figura 7: Gabarito de Steven Rochlin |
Figura 8: Gabarito da LINN.
Observe
os pontos externo e interno de apoio da agulha e o reticulado para verificar e ajustar o
paralelismo da cápsula.
Se seu gabarito indicar outro método de
ajuste, poderá optar por segui-lo. Ou, então...
Inicie levando a agulha até apoiar no
ponto mais distante do centro do disco e verificando e ajustando os lados da
cápsula paralelos às linhas marcadas no gabarito. Verifique agora o paralelismo
no ponto mais interno.
Figura 9: Ajustando a cápsula paralela com
o reticulado.
Se a cápsula estiver paralela às linhas do gabarito,
estamos conversados.
Se o ponto interno não mostrar a cápsula paralela às
linhas, veja em que sentido você deveria girar a cápsula para obter o paralelismo
buscado.
Há agora duas possibilidades: 1) o sentido em que seria
necessário girar a cápsula para fazê-la paralela é anti-horário (para
esquerda, olhando de cima) ou 2) esse sentido é horário (para direita, olhando de
cima).
No primeiro caso, o braço é curto. Você deverá correr
a cápsula no sentido do extremo do braço pelos trilhos (para isso
você deixou os parafusos não muito apertados, lembra-se?), tentando sempre não mudar
o ângulo da cápsula na cabeça. Faça esse movimento até que ela esteja alinhada
(paralela) às linhas do gabarito e continue até duplicar a distância (ou seja, faça
o dobro da correção).
Se o sentido for anti-horário, deverá fazer o oposto,
retroceder a cápsula.
Agora verifique a situação no ponto mais externo, para o qual
deverá mover a posição do gabarito no prato do toca-discos. Se
houver falta de paralelismo, girará a cabeça até alinhá-la com al
linhas do gabarito, sem corrê-la nem para frente nem para trás.
Voltará ao ponto interno e repetirá o procedimento
explicado antes, sem mudar o ângulo da cabeça..
No ponto interno, você deverá mudar a posição longitudinal
da cápsula no braço sem mudar o ângulo, corrigindo o dobro do necessário.
No externo, girará a cápsula sem avançá-la nem
retrocedê-la.
Este vai e vem será repetido algumas vezes, até conseguir que em
ambos os pontos a cápsula fique paralela às linhas do gabarito. Com
braços corretamente instalados, ou com ranhuras de montagem da cápsula suficientemente
longos, não deverá haver problemas. Se ambas as condições estiverem ausentes, a única
solução é reinstalar corretamente o braço ou, se o erro for pequeno, tentar a seguinte
opção: leve a cápsula ao máximo de ajuste nos trilhos no ponto interno e gire
a cápsula até obter o paralelismo possível com o gabarito. Não será o ideal,
porém terá o ponto de menor distorção no interior do disco, onde a
distorção própria do disco é maior. Outra forma é tratar de alinhar a cápsula em
ambos os pontos mantendo um erro inverso em cada um deles.
Após terminar os dois passos anteriores, ajuste os parafusos da
cápsula sem exageros. Apertá-los muito poderá causar deformações no corpo da
cápsula ou no braço e favorecer ressonâncias ou criar problemas mais graves. Segure
firmemente a cápsula (cuidado com a agulha!!) durante o ajuste final dos parafusos.
É comum que ela se mova. Depois de ajustados, verifique novamente o zenit. Há
outras formas de se chegar a resultados similares, pois o principio é o mesmo.
Parece muito complicado? Nem tanto, desde que você leia e releia as explicações até entender os
detalhes. Pôr mãos à obra facilita muito.
Atenção: eu disse: "mãos à obra", e não "na
agulha" ! ...
Na figura 10 você pode ver o procedimento sendo realizado no DBP-10
Protractor, neste caso com a agulha no ponto externo. Outros gabaritos são mostrados
nas figuras 6, 7 e 8, e os procedimentos nas figuras 5, 9, 10 e 11.
Figura 10: uso do gabarito
Figura 11: Um dos gabaritos Wally em uso.
Este gabarito é feito específico para cada marca e modelo de braço. Observe a base
espelhada.
O azimuth, ou ângulo vertical da
cápsula:
Para evitar que a agulha apóie mais num lado do que no outro do sulco
(ver figura 13), ela deve manter um perfeito ângulo vertical quando vista de
frente (Figuras 12 e 14).
Para verificar isso, coloque o braço apoiado no disco. Olhando de
frente em relação ao braço, poderá ver o alinhamento vertical da cápsula (veja figura
14 e também, 10 e 11). Se ainda não for fácil ver o ângulo, coloque
um espelho na frente da cápsula, como na figura 15.
Alguns braços permitem um ajuste fino deste ângulo. Outros não. Neste
caso, se o ângulo for acentuado, pode tentar colocar arruelinhas de distinta grossura
no parafuso adequado entre a cápsula e a cabeça, de maneira a girar a cápsula
até ficar perpendicular ao disco.
Se o ângulo não for muito marcado, talvez seja melhor deixar como está.
De todas as formas, é útil saber que um erro de azimuth prejudicará a separação de
canais, fazendo com que a imagem não seja bem centrada ou que o foco seja impreciso.
Também é bom saber que, com um multímetro e um pouco de tempo você poderá medir a
correção do azimuth (consulte alguns dos sites mencionados no final).
Figura 12: Azimuth
Figura 13: erro de azimuth.
Figura 14: Visualizando rapidamente
o azimuth.
Figura 15: Verificando o azimuth com
um espelho.
O peso e o anti-skating:
Hora de ajustar o PAA (peso da agulha), agora de verdade.
Você deverá colocar a agulha na cápsula (se for o caso). Se o seu
braço tiver controles de PAA e anti-skating , regule-os agora para
zero. O skating é a tendência que um braço de toca-discos tem
de deslizar no sentido do centro do disco, quando montado num braço com offset.
Esta tendência de origem friccional - será dependente de:
(um braço de comprimento infinito teria uma tendência nula a
deslizar no disco, pois seus ângulos com os sulcos seriam de 90 graus ao longo do mesmo),
O offset
da cabeça,
O PAA.
Quanto maior, maior o skating,
A
velocidade (portanto, é diferente ao longo do disco),
O
atrito
do contato agulha-sulco (é maior com discos de vinil virgem, como alguns dos melhores LPs
modernos),
O
tipo de
agulha (é menor com agulhas cônicas),
O
tipo de
modulação impressa nos sulcos
O resultado é que a pressão sobre a parede interior do sulco será
maior que aquela sobre a parede externa. Isso causa erros de traçado da agulha
no sulco (diferencia entre canais) e também desalinha o magneto do ponto neutro de
repouso entre as peças polares em forma similar a como o faz o PAA, só que no
plano horizontal.
Há também alguns outros fatores que influem, e os dispositivos de anti-skating
resolvem o problema com valores médios especificados no manual de instalação de cada
braço. Normalmente, é ajustado para o mesmo número ajustado do PAA (lido no
compensador de skating do braço Em valores absolutos considera-se que deve ser igual a
10% do peso do PAA na maior parte do disco, e de 13% na última faixa interna).
Consultaremos o manual para determinar o valor certo de peso da
agulha e usaremos a balança se tivermos uma ou então usaremos o
procedimento mais usual: a regulagem própria do braço que existe em muitos
deles (Figura 18).
Deixando o controle de peso da agulha do braço e o anti-skating
zerado, começamos por regular o contrapeso do braço até que este fique totalmente
horizontal, "flutuando" quando deixado livre.
Recomendo fazer as manobras iniciais de regulagem do
contrapeso com o protetor de agulha colocado. Depois de
chegado a um ponto aproximado, descobrimos a agulha e acertamos
definitivamente o ponto do contrapeso que mantenha o braço o mais horizontal
possível. Colocamos um disco velho na bandeja e o braço suspenso sobre
ele. Giramos o controle de PAA (normalmente um botão
giratório perto do eixo do braço, figura 18) até a marca do peso indicado
para a cápsula em uso. Regulamos o controle de anti-skating de acordo ao
peso da agulha ( ( ( ( (figura 18). Os braços que não possuem controle de
regulagem do PAA deverão ser ajustados com pequenos movimentos do contrapeso, até
se obter o valor desejado.
Uma observação: não se deixe levar pelo impulso de deixar o peso
da agulha menor que o mínimo indicado pelo fabricante, pensando desgastar menos o disco.
Isto poderá acarretar danos irreparáveis aos sulcos do disco em muito maior medida do
que deixar a agulha mais pesada.
Vemos, na figura 16, o procedimento sendo realizado com a balança Shure,
mostrada também na figura 17. Esta balança é altamente recomendável por sua
alta precisão, simplicidade e durabilidade (tenho uma há mais de 20 anos) e baixo custo.
Você precisará freqüentemente de uma balança, de modo que é um bom investimento.
Existem também balanças muito sofisticadas para medir o PAA de diversas marcas,
bastante mais caras.
Figura 16: Verificando o peso da
agulha com balança (Shure).
Figura 17: Outra vista da balança Shure.
Figura 18: Braço Ittok LV II: Observe
os elementos de regulagem do PAA, do anti-skating e o contrapeso do braço.
Se você tiver dúvidas sobre o anti-skating e se seu
toca-discos estiver numa posição que lhe permita observar a cápsula de frente, verifique
se o eixo da agulha mostra tendência a ficar lateralizado, como se quisesse avançar
de lado. Em agulhas de alta compliância isto é evidente quando o anti-skating
está errado. Ou, então, use meios eletrônicos ou auditivos para verificá-lo.. Os
discos de teste costumam ter faixas de tons constantes gravados em níveis altos e
progressivos. Num desses níveis, toda cápsula irá falhar, permitindo-nos ouvir
distorção e até simplesmente pulando do sulco. Se você verificar que a distorção se
inicia sempre em um dos canais, poderá ajustar o anti-skating até eliminar essa
situação de assimetria.
Devemos destacar que, no caso da V15, existem duas maneiras de
usá-la (com o estabilizador abaixado ou não) e, portanto, dois ajustes
diferentes do peso da agulha: com o estabilizador em uso, deve ser 1.5
g. Sem ele, 1g (0,75 a 1,25 g).
O
importante e famoso VTA, ou ângulo vertical do cantilever:
O cantilever tem um ponto de apoio na cápsula (que está acima do
nível do disco) e um comprimento definido. Isto faz com que, quando a agulha se
movimenta, o ângulo que forma com a superfície do disco mude (ver Fig 20), tanto
no sentido horizontal, quanto no vertical. Esta mudança de ângulo (e, portanto, o
comprimento do cantilever) deveria, teoricamente, ser igual àquela da cápsula
gravadora, a fim de que a forma de apoiar no sulco e extrair as informações nele
contidas seja maximizada e a distorção mantida no mínimo. Ademais, e tão importante
quanto, o ângulo com que a agulha apóia no disco está previsto pelo fabricante de tal
forma que, quando aplicado o PAA correto, o magneto (ou bobina) que está na outra
ponta fica exatamente no centro das peças polares das bobinas (ou do magneto). Um peso
errado fará com que o magneto saia do ponto correto de trabalho.
A este ângulo formado entre o cantilever e a superfície do
disco denomina-se ângulo de traçado vertical ("vertical tracking
angle", ou VTA). O ângulo VTA usado por quase
todas as cabeças gravadoras varia entre 18 e 25 graus, sendo o mais comum
de 22 graus.
Se você observar a agulha lateralmente com uma lupa, verá que, no
extremo, o cantilever está curvado de maneira a fazer que com o devido VTA
a agulha se apóie verticalmente no sulco. A este ângulo (que, às
vezes, é confundido com o VTA) entre o eixo longitudinal da agulha e a
superfície do disco, denominamos ângulo de apoio da agulha (stylus rake
angle, ou SRA) e está mostrado na figura 23 e 24. Ele é medido tendo como
referência a vertical (ângulo reto com a superfície do disco). Como podemos ver, em
cada modelo de cápsula o VTA e o SRA estão inseparavelmente ligados.
O fabricante da cápsula normalmente facilita as coisas, fazendo com que, quando
o VTA (e, conseqüentemente, o SRA) determinado pelo peso da agulha é o correto,
a parte superior da cápsula estará paralela à superfície do disco. Se o
braço (e, logicamente, a cápsula a ele fixada) não estiver paralelo à superfície do
disco, o VTA não seria o previsto. Por isso, regular o VTA é sinônimo
de regular o ângulo do braço com a superfície do disco (ver Figuras 19 a 24).
Figura 19A: Braço SME. Observe
o paralelismo entre a face superior da cabeça e do braço com respeito à superfície do
disco.
Figura 19 B: Instruções de
instalação de um braço (SME V). Observe o
paralelismo entre o topo da cabeça e a superfície do disco e o ângulo de offset
(entre a linha de montagem da cápsula e a linha do braço)
Veremos depois que o ajuste das cápsulas, como tudo na vida, é relativo.
Vários outros fatores também influenciam o VTA e, o que mais importa, a sonoridade
final. Por exemplo, nem todos os discos têm a mesma espessura. Mas, em principio,
façamos com que a cápsula fique paralela ao disco.
Resumindo, o VTA é o ângulo do suporte da agulha
com o disco e deveria ser o mais parecido possível com o da cápsula
gravadora (ver figuras 23 e 24).
O SRA é o ângulo entre a agulha e o disco e deveria ser zero
(ver Figuras 20 e 21).
O VTA pode ser mudado por erro no peso de
agulha. Mas, fundamentalmente, o é pelo ângulo que o braço forma com o disco,
que devemos regular. Duas dimensões influem nesse paralelismo: 1) a
altura da cápsula e 2) a altura do eixo de rotação do braço
(figura 20).
Você não pode mudar a altura da cápsula (salvo se instalar outra de
altura diferente, o que termina sendo a causa mais comum de necessidade de regular o VTA).
Mas, se for ao outro extremo do braço, o eixo, verá que, mudando a sua altura, poderá
mudar a atitude do braço, até que ele fique paralelo à superfície do disco (figura
21). Alguns toca-discos não possuem meios de mudar essa altura - REGA, por
exemplo mas, muitas vezes, é possível colocar arruelas de metal na base do eixo
para elevá-lo.
Seja deste modo ou por meio de um controle específico, regulará a altura
do eixo do braço para deixá-lo paralelo à superfície do disco quando a agulha estiver
nela apoiada com o peso nominal. Apoiará a agulha no disco parado, e o observará
lateralmente. Mudará a altura do braço no seu eixo até que possa
considerar o braço paralelo ao disco. Naturalmente, deverá levantar e
travar o braço a cada vez para evitar riscos para a agulha. Vemos , na figura
20, um esquema geral.
Figura 20:
Ângulos do braço (e, por conseguinte, da cápsula e do VTA/SRA). Vemos
três situações distintas: VTA positivo (A), VTA negativo (B) e VTA
adequado (C).
Isto é basicamente suficiente para uma regulagem razoavelmente eficaz. Uma
régua paralela poderia servir para obter um paralelismo melhor. Também serve traçar
linhas paralelas num com cartão ou papelão que será depois apoiado sobre um LP plano
para facilitar a visualização do paralelismo da parte superior da cabeça ou da mesma
cápsula. Ou, então, gabaritos para esse fim, como o Wally, por exemplo.
Até aqui estamos realizados.
Posteriormente, você poderá experimentar com diferentes ajustes do VTA.
Seguramente encontrará diferença na sonoridade. Tenha em conta que, ao mudar o VTA,
você estará mudando SRA, que é, de longe, o fator individual mais importante na
qualidade de reprodução de um toca-discos. Não insistimos nas infinitas
considerações e técnicas que o tema envolve por ele ser, em si mesmo, um tema de
artigo.
Para começo, entretanto, estará muito bem assim. Diria inclusive que, uma
vez colocada a cápsula e ajustado o peso da agulha, se observar que o braço está quase
paralelo ao disco, talvez seja melhor deixar por aí mesmo, até adquirir mais
confiança com o sistema.
Figura 21:
Ajuste do VTA-SRA. O braço deve ficar inicialmente paralelo à superfície do disco.
Entrando um pouco mais no tema do VTA, observamos que cada cabeça
gravadora usa um VTA diferente (ver figura 23). Por outra parte, a espessura
de cada disco é também diferente e influi no VTA da sua cápsula.
Menciono isto para você saber, de antemão, que não existe um VTA único para cada
sistema de braço-cápsula. Se quiser ir aos extremos, deveria mudar o VTA
(mediante a altura do pivô) cada vez que troca de marca de disco ou usa discos de
espessura diferentes.
Para não entrar em complicações para as quais você terá tempo de sobra
no resto de sua vida, o mais recomendável seria deixar o VTA regulado
com um disco de espessura média, e, em caso de dúvida, deixar o eixo do
braço algo mais baixo (um milímetro, por exemplo) e não ao contrário. A isto se
chama VTA negativo, e costuma ser menos prejudicial para o som que o contrário
(Ver figura 20).
Você poderá suspeitar que VTA precisa ser diminuído (abaixando o
eixo do braço) se observar médios duros, agudos brilhantes demais, transientes ásperos
e baixos "finos" de pouca extensão, sem corpo, e poucos detalhes de baixo
nível e pouca micro-dinâmica. O VTA estará negativo e precisará ser aumentado
(elevando o eixo do braço) quando verificar o oposto: som apagado e amortecido, extensão
de agudos prejudicada, baixos congestos e sem definição, transientes opacos e lentos e,
em geral, uniformização da sonoridade. Não esqueça que todos os ajustes influem
mutuamente, e, às vezes, mudar um deles torna aconselhável revisar os outros. Por
exemplo, o PAA insuficiente pode simular VTA positivo e vice-versa.
Figura 22: Ângulo de oscilação do cantilever. Quando aplicado um peso à agulha,
o cantilever irá se posicionar num ponto do arco descrito, determinando o VTA. Como pode
ver, o peso influirá no VTA em forma direta.
Figura
23: Geometria da agulha e o cantilever.
Como pode ser visto, o eixo da agulha e o cantilever estão
unidos solidamente, de modo que, quando muda o VTA, muda também o SRA. Na prática, este
último é medido com referência à vertical (perpendicular à superfície do disco).
Na
realidade, quando você ajusta o VTA, o principal efeito é o de ajustar o SRA, cujo
efeito sobre a sonoridade é muito maior que o do VTA. Esta geometria deveria ser
idêntica à da cabeça gravadora.
Figura 24:
SRA: ângulo vertical entre o eixo da agulha e a perpendicular à
superfície do disco.
O
final: revisando tudo.
Depois de terminar toda esta cerimônia que, você verá, é muito
agradável e criativa é muito útil revisar todos os parâmetros novamente.
É possível que algo tenha se desajustado no caminho.
Não seja obsessivo demais.
O ajuste básico relatado dará a você 90% do que é possível obter de
uma cápsula.
Agora, pare com tudo, guarde as ferramentas num lugar adequado e junte o
último que precisa: uma escova anti-estática e, eventualmente, uma máquina
para lavar discos ou, pelo menos, uma escova e líquido limpa-discos .
O início:
Ahhh! Os LPs !!...Já estava me esquecendo...
Links interessantes:
Da Linn,
montagem de cápsula:
http://www.linn.co.uk/docs/disassemble_remount_instructions.pdf
Montagem de
cápsula: http://www.gcaudio.com/Archives/ttsetup.htm
Áudio: diversos:
EnjoyTheMusic: http://www.enjoythemusic.com/
http://kevlar.20m.com/vinyl.html
Ajuste de cápsulas:
http://www.fortunecity.com/rivendell/xentar/1179/theory/cartridgesetup/CartridgeSetup.html
http://www.audioasylum.com/audio/vinyl/messages/819.html
http://homepages.compuserve.de/kistneraudio/txt/Antiskating.txt
http://www.visi.com/~asm/Newsletters/asm_jan_98.PDF
http://www.moving-coil-cartridges.com/hi-fi-cartridges.htm
http://www.geocities.com/Hollywood/Hills/4133/tt2.html
http://www.users.nac.net/markowitzgd/cartalign.html
http://www.furious.com/perfect/vinyl23.html
http://www.lyraaudio.com/LYRAHEL1.PDF
Laura
Dearbon: http://www.vandenhul.nl/artpap/turntabl.htm
Accesórios para ajuste:
Ortofon: http://www.hi-fi-accessories-club.mcmail.com/products/shure.htm
HiFi News
Test-Record:
http://www.hi-fi-accessories-club.mcmail.com/products/hifinewslp.htm
Steve
"Dude" Rochlins free Cartridge Alignment Protractor:
http://www.enjoythemusic.com/freestuff.htm
http://www.tnt-audio.com/accessories/hfnrrdisc_e.html
http://www.tnt-audio.com/accessories/shuresfg2_e.html
http://www.geocities.com/Hollywood/Hills/4133/tt2.html
http://www.zencafeartifacts.com/article_restarting.html
Protractor:
http://www.enjoythemusic.com/magazine/equipment/0900/protractor.htm
Origem das figuras:
http://www.geocities.com/Hollywood/Hills/4133/tt2.html
(Geo-Disc)
http://www.users.nac.net/markowitzgd/cartalign.html
(SRA-VTA)
http://www.lyraaudio.com/LYRAHEL1.PDF
(VTA)
http://www.dynavector.co.jp/english/pdf/505_emanual.pdf
http://shure.com
http://www.zenn.com.sg/Ittok.htm (braço
Ittok)
http://www.turntablebasics.com/advice.html
Se você quiser montar rapidamente sua cápsula, deixando para depois
qualquer ajuste mais apurado, faça o seguinte (por sua conta e risco): (supõe-se que o
seu braço possui regulador de peso e de anti-skating)
Verifique
que o toca-discos esteja horizontal.
Mantenha a
agulha coberta com seu protetor (se a cápsula incluir um) ou fora da cápsula e protegida
(se for cambiável). Tenha presente em todo momento a necessidade de proteger a agulha
contra qualquer traumatismo.
Aparafuse
a cápsula na cabeça.
Conectar
os cabinhos mantendo a coerência de cores.
Coloque a
agulha ou retire o protetor e coloque um LP "sacrificável" no prato.
Ajuste o
regulador de peso da agulha do braço para zero. Ajuste o anti-skating para nulo.
Ajuste a posição do contrapeso do braço para que este fique horizontal quando liberado.
Ajuste o regulador de peso para o valor determinado no manual da cápsula. Ajuste o
regulador de anti-skating para o mesmo valor do peso.
Verifique
se o braço fica paralelo à superfície do disco. (Se estiver muito fora de paralelismo,
sugiro parar por aí e dedicar um tempo a ajustar o VTA Siga as instruções do manual do
braço ou as contidas neste artigo).
Toque um
LP. Se houver muita distorção ou se a agulha pular de sulco, pare imediatamente e siga
as instruções do artigo, ou consulte um expert em instalações de sua
confiança.
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