A companhia foi fundada em 1891 por Gerard Philips na cidade de Eindhoven, Holanda, Países Baixos. No início a Philips fabricava bulbos de lâmpadas, além de outros artefatos elétricos e, ao passar dos anos, desenvolveu seu leque de produtos chegando a ultrapassar impressionantes 1.000 patentes, sendo hoje uma das maiores multinacionais especializada em equipamentos e componentes eletrônicos os mais diversos, utilizados inclusive por outras marcas.

Em 1924, a empresa instala sua primeira filial no Brasil para importação e venda de seus produtos. A expansão deveu-se muito à Segunda Guerra Mundial, época em que as fábricas européias procuravam estados neutros para seu desenvolvimento.

Além disso, nos anos 40, o exército brasileiro contava com equipamentos obsoletos, a maioria fabricada pela Telefunken anos antes, oportunidade para a Philips crescer no meio, então o grupo estabeleceu uma parceria com a Cacique. 

A Cacique - Indústria Paulista de Eletricidade - foi fundada em 1933 por um grupo de pioneiros, dedicada a fabricação de rádios, surgindo assim a INBELSA - Indústria Brasileira de Eletricidade S.A.- que teve participação importante no desenvolvimento das telecomunicações brasileiras nas décadas de 50 e 60 fabricando, entre outros componentes, transceptores para Onda Curta.

Na segunda metade da década de 60, o grupo Philips inaugura em Recife, com incentivos fiscais da SUDENE, a Philinorte (Philips Electrônica do Nordeste), voltada para a fabricação de aparelhos e centrais telefônicas.

Há 30 anos atrás, em 1977, a empresa foi a primeira do setor a se instalar na Zona Franca de Manaus, contando com uma grande área fabril nesse Estado.

A empresa possui unidades nas cidades de São Paulo (SP), Recife (PE), Manaus (AM), Varginha (MG) e Mauá (SP).

Após 10 chefes-executivos (CEOs), o atual é Gerard Kleisterlee. No Brasil, o presidente encarregado é Paulo Zottolo.

Líder dos mercados locais de eletroeletrônicos, equipamentos para recepção de TV por assinatura via satélite, eletrodomésticos portáteis, produtos para cuidados pessoais, iluminação e componentes eletrônicos, a Philips do Brasil atua ainda nos setores de telecomunicações, informática e equipamentos médico-hospitalares. E está cotada nas bolsas de valores de Nova York e Amsterdã, entre outras.

A empresa vendeu mais de 25 bilhões de Euros por todo o mundo em 2006 e conta com 125 mil empregados nos mais diversos setores em mais de 60 países no ano de 2007, tendo ocorrido uma série de fusões e parcerias com outras grandes companhias. Importante ressaltar que a divisão de semicondutores (vitais para os modernos eletroeletrônicos) é uma das maiores e mais sofisticadas do mundo.

LINHA DO TEMPO:

1891 – Fundação da Philips.

1914 – Criado a Philips Research na Holanda, o laboratório que seria definitivo no desenvolvimento das tecnologias que construiriam a empresa.

1924 – É aberta no Rio de Janeiro – RJ a primeira filial da Philips no Brasil.

1927 – Inicia-se a produção de rádios.

1952 – A empresa introduz o barbeador elétrico de duas cabeças Philishave.

1963 – A empresa lança a fita cassete, um dos formatos de maior amplitude do planeta.

1965 – Começa a produzir os primeiros circuitos integrados.

1971 – Incorpora a Walita, empresa de eletrodomésticos, sendo dona até os dias atuais.

1972 – A Philips cria a PolyGram, gravadora que viria a gravar alguns dos artistas de maior sucesso no mundo.

1974 – Compra a Magnavox.

1977 – A Philips se instala na Zona Franca de Manaus (AM).

1978 – É lançado o Laserdisc player, utilizando tecnologia dos anos 1960.

1979 – Devido à necessidade do mercado em obter sistemas de vídeo domésticos, a Philips inova com o "Vídeo-2000 System", superior em design e robustez, porém perdeu a corrida para o VHS, da JVC.

1980 – A Philips compra a Marantz (exceto nos EUA e Canadá).

1982 – Numa parceria com a japonesa Sony, a Philips revoluciona o mercado com Compact Disc Digital Áudio, o CD, formato que substituiria em grande parte o cassete e o vinil no uso comercial.

1984 – Lança o primeiro CD Player para uso doméstico no Brasil. Neste mesmo ano alcança a marca de 100 milhões de televisores vendidos.

1985 – Nova marca, 300 milhões de barbeadores Philishave vendidos.

1991 – O CD-i, disco interativo para vídeo-games é levado ao mercado.

1992 – No intuito de atualizar a fita cassete, a Philips lança o DCC, Digital Compact Cassette, um sistema que utilizava fitas parecidas, porém gravadas e reproduzidas digitalmente. Embora mais sofisticado e sonoricamente melhor que o concorrente MD (Mini-Disc, da Sony), novamente as vendas foram muito abaixo do esperado.

1992 – A Philips compra, então, a marca Marantz e suas fábricas nos EUA e Canadá.

1996 – Devido ao insucesso do DCC, ele é descontinuado.

1997 – Fruto do conjunto de longas pesquisas e da tecnologia-chave advinda do CD, a Philips lança juntamente com outras marcas o Digital Video Disc, DVD, o formato que substituiria o VHS na distribuição de filmes e shows.

1998 – Em substituição ao gravador DCC, a Philips apresentou o gravador de CD de mesa. A PolyGram é vendida para Seagram, atualmente parte da "Universal Music Group".

2001 – A Marantz Japan Inc. compra a marca e todas as respectivas fábricas da Philips.

2003 – Lança a "TV - Espelho".

2004 – A empresa muda seu slogan "Let’s make things better" (Fazendo sempre melhor) para "Sense and Simplicity" (Senso e simplicidade), refletindo os novos caminhos tomados pela empresa na busca de facilitar e modernizar a vida das pessoas.

2006 – Lança a TV 3D (três dimensões).

2006 – A Philips vende parte das ações de sua companhia de semicondutores para a Kohlberg Kravis Roberts & Co. (KKR), Silver Lake Partners e AlpInvest Partners.

2007 – Passa a vender telefones sem fio e celulares no Brasil.

Vale lembrar que a Philips, além de ter participado do grupo que desenvolveu o DVD, recebe uma parcela das vendas (royalties) de cada disco vendido.

Sites oficiais do fabricante: www.philips.com.br (Brasil) e www.philips.com (Mundial)

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